A Cova da Beira é uma sub-região localizada na parte central do interior de Portugal. Situa- se no vale fértil entre a Serra da Estrela (a cordilheira mais alta de Portugal Continental), as serras da Gardunha e da Malcata. A região abrange os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão e o território ocupa uma área de cerca de 1.373 km2. De acordo com os dados de 2020, tem uma população total de 79 618 habitantes, representando 0,7% da população total portugue- sa, que perfaz 10 milhões de habitantes. A perda de população constante a que se assiste na região faz com que esteja, neste momento, com o mesmo número de habitantes que no final do século XIX1.
A região está entre as menos populosas do país, com densidade populacional de 58,8 hab/ km2, 47,3 pontos percentuais abaixo da média nacional (111,6 hab / km2). A Cova da Beira apresenta características de territórios do interior com baixa densidade populacional: Existem poucos empregos disponíveis, poucos empreendedores, acessibilidade deficiente de e para outras partes do país, infraestruturas e serviços inadequados e uma economia fraca. Todos esses fatores combinados pressionam a população a migrar, levando à perda de capital humano. Para agravar a situação, a região enfrenta uma taxa de natalidade cada vez mais baixa o que leva a um grande défice de reposição geracional, agravando o despovoamento do território e o envelhecimento da sua população.
É também importante destacar os vários recursos disponíveis na região e o potencial que estes representam para o desenvolvimento da Cova da Beira. No que diz respeito à agricultura, a região possui um clima muito favorável e solos bons para a prática agrícola onde se podem desenvolver uma vasta gama de produtos: cerejeira, macieira, pessegueiros são os mais representados na produção de fruta, assim como oliveiras, vinhas, queijos e produtos hortícolas. A região também é abundante em recursos hidrológicos. Existe um sistema de irrigação que potencialmente fornece água para 12.360 hectares de campos agrícolas e que se pretende que seja ampliado. Os minerais são bastante abundantes na região, principalmente tungstênio (volfrâmio), estanho (cassiterita) e cobre (calcopirita). Há ainda um interesse recente na mineração de lítio para a indústria de baterias. Devido à presença de montanhas, existe um grande número de turbinas eólicas na área.
O rico património cultural da região, as suas tradições e costumes são também identificados como importantes recursos a serem preservados e valorizados. Como inúmeros estudos nos demonstram, uma forte dinâmica cultural é crucial para o desenvolvimento local, seja por reforçar a identidade local, mas também por ser extremamente importante como fator de atração para a fixação das gerações mais novas e dinamização da economia local.
Após uma pesquisa inicial de dados estatísticos sobre a região, a fim de termos um conhecimento geral de aspectos como a economia, emprego, educação, saúde, indústria, recursos naturais, demografia, fluxos migratórios, entre outros que caracterizam a Cova da Beira, contámos com o envolvimento de stake- holders que participaram no presente diagnóstico, através da partilha da sua experiência e ponto de vista sobre as particularidades da região, as principais problemáticas percepcionadas e necessidades identificadas, possíveis soluções para o desenvolvimento da região e também sobre a forma de implementar este planeamento colectivo. Os stakeholders que se envolveram incluíam organizações governamentais, através dos municípios da Cova da Beira, e organi- zações não governamentais de diferentes esferas da sociedade, tais como educação, cultural, social e humanitária, turismo, cooperativas, associações empresariais, associações de desenvolvimento rural, etc.
Nas entrevistas individuais com os stakeholders, feitas através de uma conversa, na sua maioria presencial, abordámos a percepção e o sentiment que têm sobre os principais desafios da região, que soluções sugerem para o seu desenvolvimento ou em que soluções algumas organizações já estão a trabalhar, que áreas de melhoria são identificadas e que potencial é reconhecido na região.
A Cova da Beira é uma sub-região localizada na parte central do interior de Portugal. Situa- se no vale fértil entre a Serra da Estrela (a cordilheira mais alta de Portugal Continental), as serras da Gardunha e da Malcata. A região abrange os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão e o território ocupa uma área de cerca de 1.373 km2. De acordo com os dados de 2020, tem uma população total de 79 618 habitantes, representando 0,7% da população total portugue- sa, que perfaz 10 milhões de habitantes. A perda de população constante a que se assiste na região faz com que esteja, neste momento, com o mesmo número de habitantes que no final do século XIX1.
A região está entre as menos populosas do país, com densidade populacional de 58,8 hab/ km2, 47,3 pontos percentuais abaixo da média nacional (111,6 hab / km2). A Cova da Beira apresenta características de territórios do interior com baixa densidade populacional: Existem poucos empregos disponíveis, poucos empreendedores, acessibilidade deficiente de e para outras partes do país, infraestruturas e serviços inadequados e uma economia fraca. Todos esses fatores combinados pressionam a população a migrar, levando à perda de capital humano. Para agravar a situação, a região enfrenta uma taxa de natalidade cada vez mais baixa o que leva a um grande défice de reposição geracional, agravando o despovoamento do território e o envelhecimento da sua população.
É também importante destacar os vários recursos disponíveis na região e o potencial que estes representam para o desenvolvimento da Cova da Beira. No que diz respeito à agricultura, a região possui um clima muito favorável e solos bons para a prática agrícola onde se podem desenvolver uma vasta gama de produtos: cerejeira, macieira, pessegueiros são os mais representados na produção de fruta, assim como oliveiras, vinhas, queijos e produtos hortícolas. A região também é abundante em recursos hidrológicos. Existe um sistema de irrigação que potencialmente fornece água para 12.360 hectares de campos agrícolas e que se pretende que seja ampliado. Os minerais são bastante abundantes na região, principalmente tungstênio (volfrâmio), estanho (cassiterita) e cobre (calcopirita). Há ainda um interesse recente na mineração de lítio para a indústria de baterias. Devido à presença de montanhas, existe um grande número de turbinas eólicas na área.
O rico património cultural da região, as suas tradições e costumes são também identificados como importantes recursos a serem preservados e valorizados. Como inúmeros estudos nos demonstram, uma forte dinâmica cultural é crucial para o desenvolvimento local, seja por reforçar a identidade local, mas também por ser extremamente importante como fator de atração para a fixação das gerações mais novas e dinamização da economia local.
Após uma pesquisa inicial de dados estatísticos sobre a região, a fim de termos um conhecimento geral de aspectos como a economia, emprego, educação, saúde, indústria, recursos naturais, demografia, fluxos migratórios, entre outros que caracterizam a Cova da Beira, contámos com o envolvimento de stake- holders que participaram no presente diagnóstico, através da partilha da sua experiência e ponto de vista sobre as particularidades da região, as principais problemáticas percepcionadas e necessidades identificadas, possíveis soluções para o desenvolvimento da região e também sobre a forma de implementar este planeamento colectivo. Os stakeholders que se envolveram incluíam organizações governamentais, através dos municípios da Cova da Beira, e organi- zações não governamentais de diferentes esferas da sociedade, tais como educação, cultural, social e humanitária, turismo, cooperativas, associações empresariais, associações de desenvolvimento rural, etc.
Nas entrevistas individuais com os stakeholders, feitas através de uma conversa, na sua maioria presencial, abordámos a percepção e o sentiment que têm sobre os principais desafios da região, que soluções sugerem para o seu desenvolvimento ou em que soluções algumas organizações já estão a trabalhar, que áreas de melhoria são identificadas e que potencial é reconhecido na região.
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